Você já ouviu falar em complexidade irredutível? O que isso tem a ver com a hipótese da evolução?
Em todas as palestras que faço nos departamentos e cursos da área de saúde, um dos pontos mais importantes levantados é sempre o da evolução. Nessas oportunidades, tenho sempre de deixar claro que há uma distinção importante a ser feita entre micro e macroevolução.
Micro e Macroevolução
Gostaria de começar esclarecendo que microevolução, evolução dentro do mesmo grupo genético, não só ocorre como inclusive é bíblica. Explica, por exemplo, por que temos tanta variação de cães (Doberman, Pastor Alemão, etc.), apesar de Noé ter levado apenas um casal de cada tipo para a arca.
Veja que o que não ocorre na natureza é a macroevolução, que explicaria o aparecimento do homem na Terra a partir de seres menos complexos, que teriam evoluído com o passar das gerações e unicamente por meio de processos totalmente naturais, como a seleção natural ou a mutação benéfica.
A hipótese da macroevolução, diferentemente do que ocorre quanto à microevolução, tem inúmeros obstáculos para ser tomada como algo que efetivamente ocorreu ou ainda ocorre na natureza.
Entre tantos outros, podemos elencar alguns desses obstáculos para a viabilidade científica da macroevolução:
Ausência de fósseis de transição em número que seria esperado pela hipótese da macroevolução;
Ser contrária à segunda lei da termodinâmica;
Não explicar nem de perto biopoiesis, isto é, a origem da vida;
Não explicar a existência da consciência;
Não explicar a diversidade da vida, mesmo que consideremos uma Terra de 4.5 bilhões de anos;
A complexidade irredutível (que explicaremos nesta postagem).
Portanto, podemos mesmo afirmar que o conjunto de obstáculos torna a hipótese da macroevolução uma candidato impossível de ser tomada como algo verdadeiro.
O nosso bate-papo de hoje é, conforme vimos, sobre um desses obstáculos à hipótese da macroevolução: a complexidade irredutível que encontramos em muitos organismos.
Antes de dizer por que não explica, vamos entender o que quer dizer exatamente complexidade irredutível, termo originariamente criado pelo bioquímico Michael Behe.
Complexidade irredutível
Para entendermos bem este conceito, vou pedir a você que imagine uma ratoeira, tal como eram feitas aquelas de modelo tradicional.
Para facilitar, vou colocar a imagem dela a seguir:
Veja que, além do queijo, a ratoeira tem cinco partes que, juntas, integram o todo. As partes são as que vemos no desenho seguinte:
Temos a plataforma, a mola, a trava, o martelo e a barra. Todas essas partes funcionam para que a ratoeira desempenhe a função para que foi projetada.
No entanto, o importante no exemplo para o que queremos demonstrar é que as cinco partes mencionadas não apenas são importantes para o funcionamento da ratoeira, como também são essenciais, necessárias. É dizer, caso você subtraia qualquer uma das partes, a ratoeira não funciona, não é viável, não atingirá a sua função, não podendo nem mesmo ser considerada uma ratoeira.
Sem uma das partes, as outras quatro se tornam inúteis e, da mesma forma, o todo fica sem função ou sentido.
Isso é o que chamados de um sistema com complexidade irredutível ou, se preferir, de um sistema irredutivelmente complexo.
O que imediatamente notamos aqui é que, se a ratoeira fosse um organismo vivo, ela não poderia ter evoluído a partir de organismos menos complexos, pois suas partes não se desenvolveriam sem qualquer função. Se isso ocorreu mesmo, só pode ter sido por um milagre!
Mas será que a complexidade irredutível também é verificada na natureza?
A reposta é sim.
Um dos exemplos mais interessantes é o do flagelo bacteriano.
O flagelo bacteriano, embora possa à primeira vista parecer um organismo simples, não o é. Veja que ele é composto de nada menos do que 50 partes independentes e, agora vem o mais impressionante, com apenas 49 delas, ele não funciona.
Veja a representação do flagelo com algumas de suas partes:
Vê-se, então, que o flagelo bacteriano, graças à sua complexidade irredutível, não poderia jamais ser fruto de um processo evolutivo ao acaso, pois um flagelo com grau de complexidade menor seria um ente sem função, sem propósito e, portanto, jamais viria a existir mesmo segundo a própria macroevolução.
O flagelo bacteriano é, portanto,um dos muitos contraexemplos que falsificam a hipótese de que haveria macroevolução no mundo.
Hipótese muito mais provável para explicar o que vemos no mundo é a de que os organismos foram criados de forma independente, de acordo com os seus grupos genéticos, mesmo que possam sobre mudanças dentro destes mesmos grupos. E isso é exatamente o que lemos na Bíblia, quando ela diz que Deus criou os animais segundo os seus tipos.
Considerações finais
Antes de terminar, gostaria apenas de relembrar que a complexidade irredutível é apenas um dos muitos argumentos contra a hipótese da macroevolução.
Além disso, também é importante ter em mente que os defensores da macroevolução, além de estarem cientificamente enganados contra esta hipótese, também fazem uma inferência que não é correta. Eles acham que se houver macroevolução, então o ateísmo estaria provado.
Ora, as evidências da existência de Deus passam, entre outros, por argumentos como o da origem do universo, a origem da vida, a sintonia do universo, a sintonia da vida, a existência da consciência, a questão da moralidade objetiva, etc., e em nada a macroevolução toca em qualquer desses pontos.
Deus abençoe,
Tassos Lycurgo
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